[Para além da Superfície] #9: Se você é maluco o suficiente tudo é um sinal (?)
É que eu gosto de acreditar...
Foi todo um trabalho para virmos para o Carnaval do Rio de Janeiro.
Eu sempre quis passar Carnaval aqui, mas meus amigos diziam que estavam cansados do RJ, “Bora para um lugar diferente!”
Todo um trabalho e toda uma sorte: Achamos um Airbnb muito barato e uma passagem de volta para São Paulo de avião por 90 Reais.
Pra mim, foi um sinal de que eu realmente tinha que vir para cá.
Chegamos ontem, quinta-feira.
Foi um perrenguezinho, confesso.
Nosso check-in era só às 15h e chegaríamos às 6h30 de manhã. Conseguimos combinar 8h com o dono…
Mas deu 8h e CADÊ O CARA?? Não respondia mensagem, não atendia celular…
No anúncio do Airbnb só tinha a rua, sem o número exato de onde seria o prédio. Esse detalhe eu já tinha me ligado antes e pedido por mensagem para o dono. Mas chegando no prédio… QUEM DISSE QUE A GENTE TINHA O NÚMERO DO APARTAMENTO? Ficamos na portaria tentando desvendar qual seria, mas nada…
Nessa hora a gente já achou que não tinha Airbnb, que a gente tinha caído num golpe, surto (KKKKKKKKKKK)
Mas depois de mais algumas tentativas, mensagens e chamadas, o dono respondeu a gente dizendo que tava atrasado e chegaria em 30 minutos.
Deu tudo certo! (ufa!)
(A casa não é maravilhosa kkkkkk Mas ta bom para os nossos primeiros dias aqui)
Fomos para a praia. Logo nos primeiros minutos, parou um senhorzinho vendendo bijuteria.
Fiquei olhando, olhando…
Os colares de pedra me chamaram muita atenção.
Perguntei quanto era.
50 reais.
Achei caro…
Minha amiga resolveu comprar um brinquinho e ele continuou ali, parado na minha frente, tentando fazer a maquininha de cartão funcionar.
E eu olhava e olhava para os colares…
Dois me chamavam mais atenção, o de Quartzo Verde e o de Ametista (a pedra da saúde física e vitalidade e a que transforma energia ruim em energia boa, segundo ele)
“Quanto você anda, moço? Daqui do Leme até o final lá? Vai até aonde?” - Perguntei, curiosa, com o sol já rachando nas nossas cabeças.
“Geralmente vou só até o Copacabana Palace, que até lá já acaba toda minha mercadoria! Tenho muita sorte!”
Pedi pra ver o colar de Quartzo Verde.
“Você tem preconceito com alguma religião?” - ele me perguntou.
Balancei a cabeça em negativo - Eu não sigo nenhuma religião específica, mas me conecto com ideias e energias de várias delas. Escolho pegar o que me cabe.
“Soma os números do seu aniversário”
1+5+5+2= 13 - e eu já com a cabeça pensando em numerologia, também somei 1+3 e disse “4!”
“Você é uma menina muito intuitiva”
”Ah, acho que sim…” - respondi. E logo percebi que não era uma pergunta.
“Você é muito intuitiva, junta muitas pessoa à sua volta, é uma boa ouvinte. O seu problema é que você coloca uma palavrinha de 4 letras na sua intuição: “Será?”. Você fica se perguntando se será para tudo, e acaba não fazendo o que a sua intuição diz para você”
Aí eu já tava concordando com tudo e ainda falando “puts, é mesmo” na minha cabeça. Eu realmente costumo questionar muito as coisas que eu sinto, as que sei intuitivamente e não intelectualmente.
“Eu sei disso porque a gente seria irmão de Orixá. Você escolheu a pedra verde, que é a Pedra da mãe disso tudo aqui - e apontou para o mar - Iemanjá”
“Ah, que lindo!!” - Falei.
“Sabe o que você faz? Vou te ensinar a fazer macumba…” - e nós dois abrimos um sorriso - Sempre que você quiser algo, ou não quiser. Bota os dois pés na água, bem ali onde a onda quebra, e pede com muita força. E nada de ‘Ai Santa, Ai Santa’, você tem que ser direta ‘Quero isso’, ‘Não quero aquilo’”
Curiosamente, eu sempre conversei com o mar. Desde pequena, eu entro no mar e peço, e agradeço, e converso, com ele e comigo mesma.
Nessa hora, eu já tava encantada com a coincidência de tudo o que ele tava falando, com o tamanho da beleza daquele acaso, que só aconteceu porque minha amiga resolveu comprar o brinco e porque eu resolvi fazer uma pergunta boba, só para puxar assunto.
“Sabe como você ia se dar bem? Colocando toda essa sua intuição nos negócios” - ele concluiu.
“Ai, essa eu já to começando haahaha Me formei agora em administração e to tentando ter uma coisa minha” - mas não dei muitos detalhes.
Ele sorriu.
“Qual seu nome?” - Perguntei
“José”
“Prazer, José. Eu sou Adriely” - paguei meu colar e ele seguiu rumo à Copacabana.
Logo peguei meu bloco de notas no celular para registrar essa interação, para me lembrar desse momento em detalhes.
“Tira o ‘será’ do seu vocabulário”
Isso me caiu como um sinal.
Pode ser que seja. Pode ser que não.
É bem possível que ele só tenha me falado tudo isso para me vender o colar. Como eu ia falar que não queria depois de toda essa conversa, né?
Mas, no fim, é a gente que escolhe ver os sinais.
É a gente que escolhe acreditar.
E eu acredito.
Anexos
Olha o colar aí :)
(No fim, o fecho do colar me da alergia e eu descobri que meu número não é 4, é 13 (KKKKKKKKKK) mas eu sigo querendo acreditar na história bonita - Call me delulu, mas se não for para escolher ver a beleza, eu não sei o que eu escolheria ver…)
✨Minhas Aleatoriedades da Semana
É CARNAVAAAL! Vai viver!!!
Mesmo se você não gostar de bloco aproveita essa energia pra ir fazer alguma coisa diferente!!
Ta liberado fazer merda e se arrepender (ou não) depois!!! hehehhe
Beijos, se cuidem! Bebam água!
🤝 Troca comigo?
Você tem alguma interação “boba” que te marcou? Alguma coincidência que te pegou como um sinal? Me conta aqui para eu não me sentir maluca sozinha…