[Para além da Superfície] #25: A certeza é momentânea
Como muitos dos meus textos, esse também envolve o “achei que me sentiria de uma forma, mas me senti totalmente ao contrário”.
É, poisé…
Desde que eu voltei de Salvador, eu soube.
Na verdade, eu já sabia há muito tempo.
É que dessa vez não deu para ignorar.
Sabia que não era São Paulo a vida que eu queria.
Sabia que eu queria realmente ir ver qualé dessa de “vida nômade”.
Um dia depois que cheguei de Salvador, comprei o ingresso para um show que eu sempre quis ver (Numanice da Ludmilla). Em Salvador.
Depois do ingresso, demorei uns dias para comprar a passagem de avião. Era como se eu ainda estivesse me dando a permissão de mudar de ideia.
Mas, dessa vez, eu sabia. Era só ida que eu iria comprar.
Eu tinha certeza que era isso que eu queria.
E, de repente, não tinha mais.
Não por um motivo específico que tenha feito com que eu questionasse a minha decisão. Mas todos os meus “E se…?” deixaram as minhas certezas um pouco mais nubladas.
É difícil se bancar.
É difícil se bancar para os outros, explicar o porquê de você estar fazendo essa “loucura” (que, no caso, de loucura não tem nada. Mas isso é tema para um outro momento), ouvir opiniões e conselhos não solicitados ….
Mas mais difícil ainda é se bancar para si mesma. Confiar no que alguma sensação bem longe e bem profunda no seu coração ou estômago - o que também pode ser chamada simplesmente de “intuição” - diz.
Sem muitos argumentos lógicos, sem muita racionalidade. Apenas uma sensação de “é isso que eu quero, é isso que eu vou fazer”.
Se bancar envolve observar vários pensamentos malucos que passam pela sua cabeça, todas as suas inseguranças e preocupações e todos os fins de mundo que você vai criar na sua mente (que com certeza consegue ser muito imaginativa nessas casos!) e saber se distanciar, observar, se planejar e, talvez o mais importante: não engajar com os pensamentos que você sabe que são apenas maluquice.
É parar de colocar tanta pressão no “Será que estou tomando a decisão certa?” e começar a pensar que:
“Decisão certa é aquela que você toma por você”
(Aline, se você estiver lendo isso, obrigada!)
Você cria o seu caminho. Mais ninguém.
Que alívio! (E que angústia!!)
E eu acho que sim: você pode tomar uma decisão que, mais tarde, considere a “decisão errada”.
Mas sempre há uma próxima decisão para tomar depois dessa….
Você pode decidir mudar de caminho, de novo, e de novo, e de novo, quantas vezes forem necessárias….
No meu caso, basta uma passagem de volta.
Não é tão loucura assim…
Anexos
Foto tirada ontem, 15/08. Feliz de bancar as minhas vontades :)
Tô de volta, Salvador!
(E se você quiser acompanhar o dia a dia dessa minha aventura, no Insta e no Tiktok sempre tem mais…)
✨Minhas Aleatoriedades da Semana
Um vídeo desabafo sobre esse processo de perceber o que eu realmente queria…
Esse post da Eps que da um quentinho no coração nesses momentos:
É isso aqui:
🤝 Troca comigo?
Me conta alguma decisão que você ficou em dúvida se tomava ou não? Como você lidou? Como você finalmente decidiu?